terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Encontro de Coros da UFCG

O canto coral na cidade de Campina Grande sempre esteve muito ligado ao contexto universitário. Nos anos setenta e oitenta, a Fundação Universidade Regional do Nordeste (FURNE) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus II, ganharam projeção nacional por conta dos seus corais. Durante muito tempo, grupos de diferentes partes do Brasil participaram do Festival de Inverno de Campina Grande e dos encontros promovidos pela Fundação Artístico-Cultural Manuel Bandeira, iniciativas que foram interrompidas por conta de vários fatores mas que serão retomadas amanhã, dia 20 de dezembro, com a realização do I Encontro de Coros da Universidade Federal de Campina Grande.

O evento tem como objetivo apresentar à comunidade o trabalho que tem sido desenvolvido na UFCG. Além do Coro em Canto, o mais antigo da instituição, atualmente estão em atividade o Coral Assum Preto, sediado no Campus VI, na cidade de Sousa, o Coro Infanto-Juvenil, o Coro Feminino, o Coro Masculino, o Coro Intergeracional, o CorUNAMUS e o Coro de Câmara de Campina Grande, estes últimos ligados à graduação em Música, no Campus I.

Este encontro marca o nascimento do CanteMUS - Laboratório Coral da UFCG, criado com o propósito de congregar cantores e regentes, oferecendo-lhes subsídios técnicos e artísticos que possam contribuir para a consolidação desta prática sócio-cultural-educativa. Os coros ligados ao CanteMUS são regidos por alunos da Licenciatura e do Bacharelado, que têm a oportunidade de associar teoria e prática, aplicando os conteúdos estudados em sala de aula, bem como os resultados das pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa Unificadas em Artes e Música (GRUNAMUS - UFCG/CNPq), conectando assim, ensino, pesquisa e extensão.

A proposta de cada coral tem como base a faixa etária e a experiência musical dos seus integrantes. De modo geral, cada um trabalha entre duas e quatro horas semanais. Nesses encontros, além de aulas de técnica vocal e teoria musical, ensaiam o repertório, que inclui tanto música sacra quanto secular, brasileira e internacional, de diferentes períodos, épocas e autores, a cappella e com acompanhamento. A pretensão é realizar o encontro duas vezes por ano, sempre ao final de cada semestre. A meta é também promover o intercâmbio com outros grupos, maestros e instituições. Ano que vem, por exemplo, durante a nona edição do Festival Internacional de Música de Campina Grande, os integrantes do Laboratório Coral da UFCG terão a oportunidade de interagir com maestros convidados, brasileiros e do exterior. Indiscutivelmente, essa expansão quantitativa e qualitativa influenciará, a curto, médio e longo prazo, o movimento coral na cidade, no estado e na região, estimulando a formação de novos grupos, criando mais oportunidades no mercado de trabalho para compositores, arranjadores, cantores, regentes e preparadores vocais, que poderão atuar em diferentes segmentos, com coros amadores e profissionais.

Vladimir Silva (silvladimir@gmail.com)