O canto coral na cidade de Campina
Grande sempre esteve muito ligado ao contexto universitário. Nos anos setenta e
oitenta, a Fundação Universidade Regional do Nordeste (FURNE) e a Universidade Federal
da Paraíba (UFPB), Campus II, ganharam projeção nacional por conta dos seus corais. Durante muito
tempo, grupos de diferentes partes do Brasil participaram do Festival de
Inverno de Campina Grande e dos encontros promovidos pela Fundação
Artístico-Cultural Manuel Bandeira, iniciativas que foram interrompidas
por conta de vários fatores mas que serão retomadas amanhã, dia 20 de dezembro, com a
realização do I Encontro de Coros da Universidade Federal de Campina Grande.
O evento tem como objetivo apresentar
à comunidade o trabalho que tem sido desenvolvido na UFCG. Além do
Coro em Canto, o mais antigo da instituição, atualmente estão em atividade o Coral Assum Preto, sediado no Campus VI, na cidade de Sousa, o Coro Infanto-Juvenil, o
Coro Feminino, o Coro Masculino, o Coro Intergeracional, o CorUNAMUS e o Coro de
Câmara de Campina Grande, estes últimos ligados à graduação em Música, no Campus I.
Este encontro marca o nascimento do
CanteMUS - Laboratório Coral da UFCG, criado com o propósito de congregar
cantores e regentes, oferecendo-lhes subsídios técnicos e artísticos que possam
contribuir para a consolidação desta prática sócio-cultural-educativa. Os coros
ligados ao CanteMUS são regidos por alunos da Licenciatura e do Bacharelado, que têm a oportunidade de associar teoria e prática, aplicando os
conteúdos estudados em sala de aula, bem como os resultados das pesquisas
desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa Unificadas em Artes e Música (GRUNAMUS -
UFCG/CNPq), conectando assim, ensino, pesquisa e extensão.
A proposta de cada coral tem como
base a faixa etária e a experiência musical dos seus integrantes. De modo
geral, cada um trabalha entre duas e quatro horas semanais. Nesses encontros,
além de aulas de técnica vocal e teoria musical, ensaiam o repertório, que
inclui tanto música sacra quanto secular, brasileira e internacional, de
diferentes períodos, épocas e autores, a
cappella e com acompanhamento. A pretensão é realizar o encontro duas vezes
por ano, sempre ao final de cada semestre. A meta é também promover o intercâmbio
com outros grupos, maestros e instituições. Ano que vem, por exemplo, durante a
nona edição do Festival Internacional de Música de Campina Grande, os integrantes do Laboratório
Coral da UFCG terão a oportunidade de interagir com maestros convidados, brasileiros
e do exterior. Indiscutivelmente, essa expansão quantitativa e qualitativa
influenciará, a curto, médio e longo prazo, o movimento coral na cidade, no
estado e na região, estimulando a formação de novos grupos, criando mais oportunidades no mercado de trabalho para compositores, arranjadores, cantores,
regentes e preparadores vocais, que poderão atuar em diferentes segmentos, com
coros amadores e profissionais.
Vladimir Silva (silvladimir@gmail.com)
Vladimir Silva (silvladimir@gmail.com)
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