A ideia surgiu com a possibilidade da inclusão da Rainha da
Borborema no roteiro da Luther College Jazz Orchestra (LCJO), que estaria em turnê
visitando estados do Sul e do Nordeste do Brasil. Quando Eduardo Lakschevitz,
coordenador do Notas de Passagem, lançou a proposta, prontamente a abraçamos,
tendo em vista o seu potencial sócio-educativo-cultural. A coordenação geral do
São João acatou a ideia, sugerindo a inclusão da Filarmônica Estrelas da Serra,
grupo ligado à entidade Vamos Fazer Arte, da cidade de Croatá-CE, e apoiada
pela Expresso Guanabara. Ampliamos o leque e inserimos a FUPOP Orquestra, da
Fundação Universitária de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (FURNE), bem como o
acordeonista Marcos Farias, filho da cantora Marinês.
A Filarmônica Estrelas da Serra começou a noite em grande
estilo, interpretando obras clássicas de Zé Ramalho e Luiz Gonzaga. A
alegria do regente Hélio Júnior Bezerra contagiou a Filarmônica e o público
presente. Logo após os cearenses, apresentou-se a Luther College Jazz
Orchestra, formado por alunos da Luther College, do estado de Iowa, nos Estados
Unidos da América. A big band,
conduzida pelo compositor e regente Tony Guzmán, mostrou um repertório eclético
e bastante complexo, tocando jazz e blues,
assim como obras de referência da nossa música, incluindo bossa nova, frevo,
samba, chorinho e baião. Duas interpretações foram marcantes na performance dos
norte-americanos: Aquarela do Brasil e Asa
Branca. A plateia encantou-se com o alto nível e a inserção da
música brasileira no repertório do grupo estrangeiro, reconhecendo o trabalho
dos músicos de forma calorosa, razão pela qual receberam aplausos várias vezes durante a execução
das obras. Os integrantes da LCJO participaram de um intercâmbio com os alunos do curso de Música da UFCG. A FUPOP Orquestra levou ao Parque do Povo o
trabalho que desenvolveu durante as comemorações do
sesquicentenário da nossa cidade, com músicas sobre a Rainha da
Borborema, merecendo destaque Kátia Virgínia, que também prestou homenagem
ao seu esposo, pianista Gabmar Cavalcanti, falecido recentemente. O
acordeão de Marcos Farias trouxe à tona a presença forte e singular de Marinês,
que por tantas vezes cantou naquela praça.
O Forró-Jazz-Sinfônico, à semelhança do FIMUS, nasceu para ter vida longa, ser um evento de sucesso,
uma referência na região. Nossa meta é estreitar as parcerias, fazendo com que
Campina Grande seja conhecida não apenas por realizar O Maior São João do Mundo, mas,
sobretudo, pela música de alta qualidade que produz, tanto a advinda das
tradições populares e das salas de concerto, quanto aquela interpretada por músicos locais e internacionais.
Vladimir Silva (silvladimir@gmail.com)
Vladimir Silva (silvladimir@gmail.com)
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